"Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
(Chiquito Buarque)
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar"
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar"
(Chiquito Buarque)
Agora sim sem anseios, acabando a expectativa e a tensão, é o retorno do curso normal da vida, apesar de contratório estamos sempre refens do cotidiano e do trabalho (e dos amores).
7 comentários:
Quando o Carnaval Chegar
(Chico Buarque)
Quem me vê sempre parado, distante garante que eu não sei sambar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar
http://www.youtube.com/watch?v=zu2B2z9XRxQ&feature=player_embedded#
Guarde não ;)
ta quase chegando
quem se dará?
quase posso sentí-lo em meio
as minhas vozes
quase sou ele
às sextas
à noite
[...]
quase fui eu
nos outros que
ouveram
também estou me guardando
de outros carnavais
que já vieram
já se foram
e nada de samba
no máximo um sacolejar
de jão bobo malandro
[...]
Quem me vê distânte
quieto
Sujere que eu não vá
tão longe
Que meu andar deselegante
é de puro mal jeito
[...]
Mas digo cá
minha preta
[...]
Também me guardo
e não é de hoje
Meu sacolejo bobo
vem de outros carnavais
Quem dera
ter o grito rouco
na manhã seguinte
Os pés doendo de tanto
pisar a dor
As mãos ardendo em palmas
que eu já não guardo mais
e está tão perto
o coração explodindo
em vozes
a transbordar peito afóra
e está tão perto
de novo
que será que será?
Quem me vê distante
quieto
Sujere que eu não vá
tão longe
Que meu andar deselegante
é de puro mal jeito
[...]
Mas digo cá
minha preta
[...]
Também me guardo
e não é de hoje
Meu sacolejo bobo
vem de outros carnavais
Quem dera
ter o grito rouco
na manhã seguinte
Os pés doendo de tanto
pisar a dor
As mãos ardendo em palmas
que eu já não guardo mais
e está tão perto
o coração explodindo
em vozes
a transbordar peito afora
e está tão perto
de novo
que será que será?
puts se pá já mandei uma pá foi mal :0)
até pensei ter perdido o primeiro rsrs...bjs
"Eu procuro fazer o que se deve fazer, e ser como se deve ser, e me adaptar ao ambiente em que vivo - tudo isso eu comigo, mas com o prejuízo do meu equilíbrio íntimo, eu sinto".
(Clarice Lispector em carta a Elisa Lispector e Tania Kaufmann, Florença, 26 de novembro de 1945)
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