A virada que não virou.

Eu fui até a estação Brás, pela movimentação já senti como estaria o Centro da cidade, lembrei-me de como foi minhas últimas ídas a esse evento, quando ao subir as escadas percebi-me pelos sintomas estar numa final do clássico Corinthians e Palmeiras, pensei rapidamente e sem me permitir dizer "talvez possa ser legal" voltei pra trás na mesmíssima hora. Sou chatonilda e não gosto de muvuca, então para não estressar as pessoas dispostas a seguir firme e forte no rolê e não me estressar decidi voltar para minha casinha.
Andar pelas ruas mijadas de São Paulo não seria lá muito agradável pra um sabádo a noite nevoado. Acredito que essa proposta de Política Pública voltada à Cultura e Lazer seja falha, dizer-ei que é "um cala a boca" para a população, quando querem dizer "estamos fazendo por vocês". Não funciona, a cidade não comporta tamanha população e nem mesmo as necessidades culturais e de lazer dessa galera toda. Além do que as pessoas são reprimidas e quando saem para rua acham que estão num conflito bélico, quebram tudo (literalmente).
O povo brasileiro não é educado para compartilhar de certas propostas, degradam a cidade, destroem o que vêem pela frente, numa ânisa de colocar pra fora tudo que não é permitido fazer nos locais onde são impostas regras de convivência ditadas pela sociedade e porque têm a infeliz concepção que "é de graça", ledo engano, pagamos por isso e pagamos caro. E mais ainda, se degladiam por haver nível ínfimo de tolerância entre as famosas "tribos". Não generalizarei, existem os que sabem curtir e de fato curtem de maneira saudável, porque no fim a proposta é falha mas a intenção é boa. É mais ou menos como trazer Roberto Carlos na Concha Acústica em Santo André. (rs!)

Mas esse é um longo debate.