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"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm." (1 Coríntios 10:23a)

transeuntes.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Da chegada do amor.


Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis um amor
que elaborasse
que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecessesem esforço
sem medo de inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
com definiçao de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Elisa Lucinda


*03 meses

5 comentários:

Liliane Nascimento disse...

Ah...continuo querendo um amor que ame...

Ana Célia Cruz disse...

Que bonitinh@.

Vanessa Souza disse...

Apesar de...

Ainda acredito que amores são sempre possíveis.

Didi. disse...

Camilla, parabéns pela escolha do texto. Muito bonito e cheio de verso-verdade.

Abraço para você, sua linda.

Camilla Dias Domingues disse...

estamos nos entendendo muito bem... tudo é possível.