Assisntindo a um programa esse final de semana no TV fechada e que tratavam sobre o tema "SILÊNCIO" percebi que tenho dificuldade com o barulho.
Estou trabalhando em São Paulo e além da poluição atmosférica (que me encomoda patologicamente por conta do meu problema respiratório) e a poluição visual dessa cidade cinza ainda tem a poluição sonora que muito atrapalha.
Eu sempre gostei de ficar sozinha e em silêncio, sendo de família de negros, todos falam alto, riem alto e depois que tive minha filha tudo que não tive em casa foi silêncio, a não ser quando ela dorme.
Acredito que seja impossível encontra-se consigo mesmo no barulho: aeroporto, trânsito, rodoviária, celular, tudo isso afasta o homem de si mesmo. Impossível ter concentração no meio desse turbilhão de efeitos sonoros. Eu ainda consigo minimamente ler dentro dos transportes coletivos, fazer uma oração mas muitas vezes é impossível. Sem contar que determinadas interferências sonoras pra mim soam como pura falta de respeito e consideração pelo próximo.
Tenho para mim que as pessoas confundem silêncio com solidão e tristeza e barulho com alegria. Alguns amigos sempre diziam que eu ficava muito dentro de casa, sozinha e que isso me fazia mal, nunca pensei assim, o silêncio me aproxima de mim mesmo. Eu necessito de silêncio e não digo silêncio total (desse eu também gosto e muito), gosto de música, de um bom filme, de conversa mas pra tudo temos o nosso limite, tudo num nível de som balanceado nada que fira os ouvidos pelo excesso de som.
Muitas vezes temos que nos fechar num retiro só nosso para que possamos refletir sobre nossas ações cotidianas, nossa vida profissional, espiritual, sentimental, porque sem esse encontro conosco fica impossível arrumar estratégias de sobrevivência num mundo tão conturbado como esse.
Percebi que o silêncio é tido como paradisiaco e o barulho é tido como o inferno. Numa cidade como São Paulo, o silêncio custa caro, os melhores coisas (restaurantes, lugares para viajar e repousar, etc) custam caro.
Diante disso tudo eu vejo as pessoas cada vez mais longe delas próprias (e eu me enquadro nessa estatística). O tempo uiva, nos consome a cada dia, os dias estão passando tão rápido quanto um estalar de dedos e as pessoas cada vez mais frenéticas, correndo contra o tempo, correndo para não ficarem para trás, vivendo num individualismo mortal, afastando-se cada vez mais de coisas verdadeiramente relevantes e que possivelmente tragam felicidade e paz.
Estou trabalhando em São Paulo e além da poluição atmosférica (que me encomoda patologicamente por conta do meu problema respiratório) e a poluição visual dessa cidade cinza ainda tem a poluição sonora que muito atrapalha.
Eu sempre gostei de ficar sozinha e em silêncio, sendo de família de negros, todos falam alto, riem alto e depois que tive minha filha tudo que não tive em casa foi silêncio, a não ser quando ela dorme.
Acredito que seja impossível encontra-se consigo mesmo no barulho: aeroporto, trânsito, rodoviária, celular, tudo isso afasta o homem de si mesmo. Impossível ter concentração no meio desse turbilhão de efeitos sonoros. Eu ainda consigo minimamente ler dentro dos transportes coletivos, fazer uma oração mas muitas vezes é impossível. Sem contar que determinadas interferências sonoras pra mim soam como pura falta de respeito e consideração pelo próximo.
Tenho para mim que as pessoas confundem silêncio com solidão e tristeza e barulho com alegria. Alguns amigos sempre diziam que eu ficava muito dentro de casa, sozinha e que isso me fazia mal, nunca pensei assim, o silêncio me aproxima de mim mesmo. Eu necessito de silêncio e não digo silêncio total (desse eu também gosto e muito), gosto de música, de um bom filme, de conversa mas pra tudo temos o nosso limite, tudo num nível de som balanceado nada que fira os ouvidos pelo excesso de som.
Muitas vezes temos que nos fechar num retiro só nosso para que possamos refletir sobre nossas ações cotidianas, nossa vida profissional, espiritual, sentimental, porque sem esse encontro conosco fica impossível arrumar estratégias de sobrevivência num mundo tão conturbado como esse.
Percebi que o silêncio é tido como paradisiaco e o barulho é tido como o inferno. Numa cidade como São Paulo, o silêncio custa caro, os melhores coisas (restaurantes, lugares para viajar e repousar, etc) custam caro.
Diante disso tudo eu vejo as pessoas cada vez mais longe delas próprias (e eu me enquadro nessa estatística). O tempo uiva, nos consome a cada dia, os dias estão passando tão rápido quanto um estalar de dedos e as pessoas cada vez mais frenéticas, correndo contra o tempo, correndo para não ficarem para trás, vivendo num individualismo mortal, afastando-se cada vez mais de coisas verdadeiramente relevantes e que possivelmente tragam felicidade e paz.
2 comentários:
Caraca Camilla, concordo realmente com o seu post. Sinceramente, acho uma falta de respeito com o proximo qdo as pessoas ouvem musica sem fone de ouvido. Acho que o ser humano esta super estressado nao só com esses ignorantes e sim com essa poluição sonora. Entre outras coisas.
Amei conhecer seu blog
Se permites, te sigo com carinho
Aqui estarei sempre a visitar
Tenhas um sabado regado de muito amor
Preciosa Maria
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