apenas eu.

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"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm." (1 Coríntios 10:23a)

transeuntes.

sábado, 8 de janeiro de 2011

É um processo.

A cada dia percebo-me um ser incompleto, impreciso, em constante transformação. Sempre me consumindo (invariavelmente) por tentar sanar problemas por vezes em maiores ou menores proporções. Construo-me e desconstruo-me a todo tempo. Invento teses, teorias, releio as já existentes escritas por pensadores tanto quanto mais ou tanto quanto menos pensantes do que eu. Penso, repenso, reverbero, eufemista-verborragica. Procuro porques, tento me encaixar, tento entender, tenho que questionar. Coloco e tiro, agarro e jogo fora, faço por gozo, faço pra agradar, faço a gargalhar, faço obrigada, faço na obrigatoriedade de me auto-conhecer afinco.
Faço o que é certo, aceito congratulações. Faço o que é errado, auto-flagelo, arrependimento. Novamente reconstruo-me.
Ser inacabado que sou busco incessantemente pela felicidade, pelo prazer, pela vitória, pela vida.
Mas onde é que tudo isso começa e onde tudo isso termina?
No sorriso de uma criança, no copo de água que se bebe quando sente sede, em um abraço que aquece, numa noite de amor, no dia ensolarado, na tarde chuvosa, na luz divina divindade - DEUS?
Tudo faz parte do nada e o nada já é tudo que nos consome.
O ser nada é, humilhar-se, curvar-se, prostrar-se diante de quem é tudo.
Tenha esse tudo para poder enxergar onde o tudo começa na sua vida.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo tudo isso!
A vida é isso... pensar, refletir, ter a noção cada vez mais de que pouco sabemos e que muito precisamos buscar.
O tudo e o nada completam-se.
BeijO*

Nina Souza disse...

Lindíssimo o texto!
Concordaria em 100% com ele se não fosse uma única exceção: depois de um tempo, aprendi que não meceremos nos auto-flagelar quando erramos, humanos que somos.
Hoje, eu erro, e com um sorriso no rosto peço desculpas, e sigo em frente. :)
beijos, e muita luz!!

Camilla Dias Domingues disse...

mas acredito que é nos auto-flagelando e lógico saindo do flagelo depois, é que consiguimos ver onde não erramos para não fazer denovo... para mim é necessário se humilhar diante do erro, é nesse aspecto que digo "flagelo".