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"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm." (1 Coríntios 10:23a)

transeuntes.

domingo, 1 de novembro de 2009

Monólogo do amor libertário.

Amor libertário para mim está longe de ser o que eu vejo as pessoas "praticarem". Não retiro a hipótese da tentativa de construção de um relacionamento dessa forma por eles mas então na boa está tudo errado! e essa construção pode vir ao chão com apenas um sopro.

Vejo que se não há envolvimento emocional temos o tal amor liberário, chega a ser um artifício na mão de quem não quer assumir um possível relacionamento, por que na real quando o envolvimento chega ninguém quer saber de compartilhar o seu companheiro(a) com outrem, saber então se existe outra pessoa na vida do ser amado nem pensar, é surto na hora. Ressaltando que um dos pressupostos para esse tipo de relacionamento é a verdade, a liberdade de se relacionar com outras pessoas e dizer a verdade. Contraditório não? Eu prego a verdade e a liberdade mas quando elas não vêm de mim aí o bicho pega, nesse momento conhecemos o lado egoísta, machista (de homens e mulheres) e nascem a imaginação fértil, as brigas, as dores de cotovelo, os rancores e tals. Se tem de ser muito bem estruturado emocionamente e exige que tudo seja muito bem conversado antes de começar um relacionamento aberto senão com certeza ele terá instintivamente características de uma relação monogâmica tradicional e nada libertária.

Até hoje não vi um relacionamento aberto que não provocasse dor e sofrimento nas pessoas por mais que elas mintam para si mesmas e para o mundo que são felizes dessa maneira. Somos seres humanos propícios a sentimentos bons e nem tão bons por isso não boto uma fé nesse lance de relação aberta. O mais próximo que cheguei de uma relação como está não teve um desfecho muito feliz e observando casais que querem implantar essa relação percebo que está muito longe de ser o que a teoria quer na prática, acabam pregando algo que nem eles mesmos conseguem colocar em prática, apenas acreditam que o fazem e está mais que provado por atitudes e falas que o buraco é mais embaixo.

Poligamia é muito bom pra quem não a viveu, porque quem já a vivenciou em demasia chega um momento que essa mesma pessoa quer algo sólido, não necessariamente um relacionamento conservador mas uma monogamia que dê certo. Não acredito mais nesse vai e vem de pessoas na minha vida, na real acredito que quem permite tantas entradas e saídas de pessoas em suas vidas seja sinônimo de pura carência afetiva e uma forma de auto-afirmação mas também nada contra quem permite que essa situação aconteça, cada um faz o que bem entender com sua vidinha, lembrando que não estou aqui para fazer julgamentos, apenas estou argumentando e contextualizando aquilo que penso.

Tesão eu posso sentir por qualquer pessoa mas daí transar por transar já não faz mais a minha cabeça, um dia como sexomaníaca fez, hoje não mais. Entendo de outra forma agora essa troca de energia que é o ato sexual. Querendo ou não é uma troca de energia e talvez em alguns momentos perda de energia sem necessidade aparente, apenas por tesão não vale. O corpo é um templo sagrado e eu não posso neglicengiá-lo por simples tesão.

Careta?
Não! nunca fui!
Transar continua sendo para mim umas das quatorze maravilhas do mundo. Ah o prazer! como é atenuante para as várias tensões! Porém, estou começando a perceber tudo isso como algo a mais, algo mais intenso, mais sério, compartilhado como algo sublime, com carinho quiçá com amor, porque o amor existe, eu quem talvez nunca tenha sido amada verdadeiramente, entretanto, já amei e sei que ele - o amor - é mais do que utopia. Não confundam o que digo com aquele tal mito do amor romântico, descarto e fujo dessa possibilidade, pois, esse tipo de amor não é muito a minha cara e descordo em gênero e grau com essa mania besta que as pessoas têm de transvestir a posse em amor, respeito e consideração, entretanto, aproveito o ensejo para dizer que espero por ele - o amor - e talvez como nunca o esperei. Apenas quero amar e que ele seja um amor mútuo.

5 comentários:

GIL ROSZA disse...

Uauuuu... Achei duka o texto menina! Adorei! Compartilho de uma parte dele! Minha fase hedonista do amor libertário na juventude foi legal sim, foi gostosa e serviu pra muita coisa. A experiência monogâmica com registro em cartório também foi ótima, e mesmo com o fim de algumas coisas, sobrou uma amizade que não abro mão. Hoje em dia, depois de ter vivido tanto o modelo "galináceo" quanto o tradicional, não busco mais por nenhum deles como certezas. Minha percepção hoje vê o amor a parte dos acordos que são fáceis de serem assumidos e depois descobre que não se consegue cumpri-los, seja numa relação formal ou numa amizade colorida. Então hoje me sinto bem suprido comigo mesmo e com as poucas, mas boas relações de amizades que tenho. O melhor tem sido entender que a vida passa voando e cada fase tem os seus porquês. Um dia desses no youtube, vi um anúncio institucional da Yashica que sem querer consegue ilustrar o que comentei agora.
http://www.youtube.com/watch?v=m9Et7UQh1tg

Carol disse...

Nooooossaaaaa...aplausoooos !!!
Definitivamente, falou e disse tudo que penso...
Fico abismada de verdade com essa libertinagem de hoje em dia...as vezes vejo que não sou careta...e sim simplesmente NORMAL...!!!
Adorei !
bjo

:: Soul Sista :: disse...

Amor sem banalização também procuro sem desistir. E pra mim tb hoje considero mais do que qualquer transinha rápida e gostosa, uma efetiva troca de energia, carinho e, como você disse, quiçá amor. Agora, amanhã, posso mudar de idéia, quem sabe? rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr
Adorei a reflexão! Beijos

Camilla Dias Domingues disse...

eu gosto é da soma.

Jana disse...

Pow, o fechamento do texto é demais. Concordo e fecho contigo. (...)se o lance for só sexo, pra quê relacionamento aberto. Pra mim não faz sentido isso aí...