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transeuntes.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dependência tecnológica.

Hoje percebi que por influência do computador eu não consigo mais escrever a mão. Estou desaprendendo a escrever com caneta. Minha letra já não é mais a mesma de antes, está feia e garranchada. Eu sempre fui tão prestimosa com meus escritos a mão, caprichava na letra, escrevi em diários dos 14 até os 22 anos de idade, agora... adeus letra redonda de professora do ensino fundamental!
Eu não conto com ajuda de um PC no meu trabalho, por muitos motivos que não vem ao caso agora, mas um que me preocupa e me pega muito pode ser o seguinte: meus empregadores não dispõe de entendimento (ou fingem não dispor) que é um instrumento de trabalho indispensável para um profissional de Serviço Social, necessário para realizar relatórios, ter um banco de dados, realizar pesquisas e etc. Para eles talvez o trabalho de uma Assistente Social não dê a visibilidade que eles almejam. Fico triste e me desmotiva a bessa essa situação mas sigo meu caminho, insistindo até o fim que preciso de um computador a cada reunião ou a cada brecha que encontro.
Não aceito ter que levar o meu computador pessoal para o trabalho, não aceito ter que levar trabalho para minha casa (inclusive aos finais de semana) ou mesmo escrever no papel e passar para o word depois (trabalho em dobro) e me indigna muito e não me convencem todas as desculpas que me deram até agora na tentativa de provar que não há condições de ter uma máquina no meu local de trabalho.
Tive que fazer um relatório de uma visita domiciliar a mão e percebi como foi dificultoso a construção do texto, porque uma vez escrito a caneta não tem como deletar, escrever denovo, recortar e colar a frase em outro lugar mais adequado, que dê mais impacto ou mesmo deixe o texto menos embaralhado, fácil de ler e entender. Sem contar que fica esteticamente mais apresentável e menos provinciano.
Não sei se isso é bom ou ruim, só sei que mostra e afirma o quanto estou completamente dependente dessa máquina; tanto no trabalho (que é bastante necessário) como nas minhas particularidades (desnecessário e digno de desapego). Acho que é necessário sim, repensar a ação da escrita e voltá-la para outras situações que não no trabalho, desenvolver novamente a habilidade, o prazer e a grandiosidade do que é ver se formar uma idéia, idéia escrita literalmente com as próprias mãos.

7 comentários:

Emilene Lopes disse...

Olá Camila!
Bom, já imaginava isso quando entrei nesse mundo virtual, então o que faço;
Primeiro meus textos no papel, depois passo para a máquina muito necessária...mas enfim não pode nos substituir.
Bjs da Mila!

GIL ROSZA disse...

nem me fale a preguiça q dá. o barulho da ponta da caneta no papel chega até irritar! rsrs.

Abiodun Akinwole disse...

membro da família que é o computador de Aririn Ajo^^

o viajante, e pior que a viajem dele é viciante, eu também não consigo escrever muito bem sem ele.

abração!

:: Soul Sista :: disse...

Há muitos anos que sou dependente desta máquina aqui. Lembro que quando tive acesso ao word e guardei minha antiga máquina de escrever (sim, eu sou do tempo da máquina de escrever - rsrsrsrsrs) fiquei feliz, com a possibilidade de adicionar, apagar ou editar o texto com tamanha rapidez. Engraçado, mas para mim o texto escrito a mão com o meu garrancho ou o escrito na tela do computador são meus, foram feitos pelas minhas próprias mãos, artesanalmente. Acho absurdo seus empregadores não verem a importância dessa máquina no seu trabalho. Continue insistindo...

Thaissa Costa disse...

A letra realmente fica ridícula. Mas eu escrevo no dia a dia, tbm por causa da minha profissão. beijos

Vanessa Souza disse...

Minha letra está ficando cada dia pior...

Paulo Sergio Paz disse...

Comigo ta acontecendo a mesma coisa, minha caligrafia mudou demais, pra pior, certa feita quando fui fazer uma redação para um concurso mim deparei com a dificuldade de volta a escrever manualmente, demorei o dobro de tempo para escrever.