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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sessão da Tarde.

Véspera da véspera de Natal, data que nunca fui tão apegada (a não ser quando criança interessada em ganhar presentes) e este ano estou menos apegada ainda, talvez por não estar trabalhando e por isso não ter graça em contar o Natal como feriado.
A tarde, chovendo, nada pra fazer em casa, rodei os canais abertos e fechados da TV e nada. Parei na Sessão da Tarde, típico de preguiça e de nada mesmo que preste na televisão. Estava passando um filme chamado "Homem Bicentenário" com Robin Willians protagonizando o papel do robô que tinha algumas especificidades em diferença da linha de robôs montada para servirem de escravos da família burguesa americana no século 21. O robô aos poucos vai apresentando traços característicos do ser humano, como curiosidade, inteligência e personalidade própria. O proprietário do robô ao perceber essas especificidades o direciona para o lado da leitura, politizando o robô e fazendo com que em determinado momento o mesmo questione quanto a sua liberdade. O início da saga começa quando o robô quer usar vestimentas e busca sua liberdade, exprimindo sua vontade em se tornar humano, pois, percebe que como robô nunca será reconhecido pelos humanos. Gradualmente, depois de algumas tranformações realizadas pelo filho de um dos construtores do robô, sua aparência se torna mais e mais humana, até um ponto em que ele chega a agir como um ser humano normal com pensamentos, sentimentos e desejos, ou seja, o robô teria se transformado em gente, vindo a se relacionar amorosamente com uma humana. Somente quando completou 200 anos é que conseguiu sua condição humana e a tão almejada liberdade. Morreu depois de ganhar na Justiça o direito de cidadão e de ser proclamado pelo presidente do mundo “Homem Bicentenário”.
Eu me emocionei ao pensar que somos tratados como robôs sem especificidades, sem sentimentos, sem complexidade e totalidade. Um bando de robôs a serviço do trabalho assalariado, lutando diariamente para comprar a nossa liberdade. Talvez se chamassemos a humanidade para o lado da sensibilização, educação e questionamento como fizeram com o robô, daqui há 200 anos o mundo possa estar bem melhor, uma vez que todos seriamos reconhecidos como cidadãos e não apenas como pessoas físicas cadastradas.

Título original: Homem Bicentenário (Bicentennial Man)
Direção: Chris Columbus
Gênero: Ficção Científica
Ano: 1999

5 comentários:

ka disse...

Ai Camilla,eu já tinha visto esse filme,mais nunca pensei por esse lado....bastante interessante,o que tu escreveu.
Está me servindo pra olhar as coisas com um olhar mais profundo e fugir um pouquinho da superficialidade.

GIL ROSZA disse...

É um puta roteiro com ótimas questões existenciais sobre o que nos faz humanos. Os trocadilhos e piadas com a expressão “it” são geniais.

Felicidade Clandestina disse...

Mainha adora este filme =))

Anônimo disse...

O Robin Williams está um arraso nesse filme!
Nega, fecho com a Ka, você me chamou atenção pra algumas cousas.
Vou revê-lo!!

Camilla Dias Domingues disse...

que bom que trago novas visões para pessoas tão ilustres! rsrs.. beijos nos corações.