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transeuntes.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um verdadeiro horror no oriente médio.


Aos 08 anos de idade, Aisha uma criança Afeganistã foi prometida a casamento para um dos filhos de Sulaiman, 45 anos, com objetivo de resolver uma briga entre clãs. Aos 16 anos já vivia com a família do marido e resolveu fugir quando surgiram os maus tratos, encontrada e levada para seus pais, os mesmo a devolveram a família do futuro marido mesmo sabendo dos maus tratos.
Mutilada para pagar a "desonra" da família do marido, teve as orelhas e o nariz decepados, um crime cuja a brutalidade excedeu padrões de violência e misoginia. A garota passou a viver num abrigo para mulheres no Cabul, a capital afegã.
Aisha hoje com 18 anos, realizou uma cirurgia de reconstrução facial mas terá de conviver com o trauma da violência para o resto de sua vida bem como o status de refugiada num país que não é o dela e com medo de voltar para o seu país por conta de retaliações do Talibã (sua família também teve que se mudar por conta das retaliações).
Os agressores estão presos por conta da pressão dos países do ocidente que estamparam a cara da garota nas revistas, enquanto isso não se sabe que violências continuam sendo praticadas por esses homens psicopatas nesses países.
Mulheres vitimas de violências diversas, que muitas vezes, como aconteceu com Aisha, nem estão previstas na Sharia - o código das leis islâmicas - são praticadas por homens que usam as leis para abusar, violentar, mau tratar suas esposas e filhas da maneira que bem entendem.
Fica a pergunta: até que ponto a cultura de um país é válida para seu povo até que vire atrocidades como esta?

9 comentários:

GIL ROSZA disse...

Em quase toda cultura, massacrar mulheres é o padrão há séculos: O registros históricos de religiões cristãs e não cristãs, estão cheios de misoginia e redução da condição da feminina. O conceito androcentrista de Deus pode ser visto nos seguintes trechos:

O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, escrito por Maomé e atribuído pelo profeta ao próprio Deus, faz as seguintes referências à condição feminina:

Capítulo IV. Versículo 11 - "Dai aos varões o dobro do que dai às mulheres".

Capítulo IV. Versículo 38 - "Os homens são superiores às mulheres, porque Deus lhes outorgou a primazia sobre elas. Os maridos que sofrerem desobediências de suas esposas, podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas".

Capítulo XXIV. Versículo 59 - (...) "Não se legou ao homem calamidade alguma maior do que a mulher" (ALCORÃO apud LOI, 1988, p. 17-18).
No ano de 1280 antes de Cristo, as Leis de Manu, livro sagrado da Índia para instituições civis e religiosas, dizia:

Livro II. Regra no 213 - "Está na natureza do sexo feminino tentar corromper os homens na Terra, e por esta razão os sábios jamais se abandonam às seduções das mulheres".

Livro V. Regra no 148 - "Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai; durante a juventude, de seu marido; se este morrer, de seus filhos; se não tiver filhos, dos parentes mais próximos do marido e, na sua falta, dos de seu pai; se não tiver parentes paternos, do seu soberano; uma mulher não deverá nunca governar-se ao seu bel-prazer".

Regra no 154 - "Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo que este se dê a outros amores e careça de boas qualidades, deve a mulher virtuosa reverenciá-lo como a um Deus".
Livro IX. Regra no 5 - "Acima de tudo, deve-se resguardar as mulheres das más inclinações, por pequenas que sejam; se as mulheres não fossem vigiadas, fariam a desgraça de duas famílias" (LEIS DE MANU apud LOI, 1988, p. 3-4).
Também Buda, o Iluminado, fundador do budismo, dizia que: "A mulher é má. Cada vez que se lhe apresente oportunidade, toda mulher pecará" (BUDA apud LOI, 1988, p. 9).

O teólogo alemão Martinho Lutero (1483-1546), responsável pela Reforma Protestante, dizia que: "Não há manto nem saia que pior assente à mulher ou donzela que o querer ser sábia" (LUTERO apud LOI, 1988, p. 26).
"O homem não deve cobrir a cabeça: porque ele é a imagem e o reflexo de Deus; a mulher, no entanto, é o reflexo do homem. Porque o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem. Por isso a mulher deve usar na cabeça o sinal de sua dependência, por causa dos anjos". (BÍBLIA. N.T. I Coríntios XI, 7-10)

"Os esposos, Santidade do lar. As mulheres sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, porque o marido é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja, ele, o salvador do Corpo. Como a Igreja está sujeita a Cristo, assim as mulheres estejam sujeitas em tudo a seus maridos". (BÍBLIA. N.T. Efésios V, 22-24)

duane farias moreira lima guedes. disse...

'
realmente, isso é uma coisa horrivel violencia contra as mulheres, mas oqe agente pode fazer aqi ?. as leis do brasil poderiam ser as leis no oriente medio. ' violencia com a mulher jamais.!

Emilene Lopes disse...

Nossa, horrível isso...
Nada justifica!

Bjs

Mila

Camilla Dias Domingues disse...

Te digo que se eu vivesse na época do Velho Testemento já teria sido morta com um raio na cabeça...
É evidente desde de sempre até a contemporaneidade a submissão da mulher ao homem e quando ela não existe somos forçadas a tê-las e sob vários julgos e embasamentos seja da bíblia, do alcorão, da Sharia, a questão é: até que ponto isso é admissível e benéfico?
Gil, a diferença de tudo isso que você me disse e levo para minha vida é que devemos nos adaptar ao momento e contextos atuais, que estamos inseridos e vivemos.
É loucura e não tem como viver e fazer igual ao Velho ou mesmo no Novo Testemento, o que se deve fazer minimamente como preceitos de uma vida com Deus e Jesus Cristo (ambos os mesmos) é amar à Deus e ao próximo, se seguirmos essas premissas naturalmente não faremos essas atrocidades, mesmo porque a bíblia também diz que devemos respeitar as leis dos homens, dessa forma, se cometermos crimes, qualquer que seja, seremos presos, então fica a escolha de quem quer vivenciar tempos antigos no século 21.

GIL ROSZA disse...

Um fato histórico que e as mulheres não deveriam deixar cair no esquecimento, é que a libertação de muitas delas desse jugo social misógino de séculos e séculos, que é padrão no oriente e já foi no ocidente tbm, se deve unicamente a elas próprias. Homem algum tem méritos nisso.

Nina Souza disse...

Nessas horas é que penso: estamos precisando mesmo de um apocalipse... terminar com tudo e começar tudo de novo. Excede o triste tudo isso.

Um brasileiro disse...

ola. tudo blz? estive por aqui. isso tem que acabar. concordo com você. apareça por la. abraços.

Suelen Bastos disse...

meu Deus! fiquei embasbacada com isso. e a menina é bonita, e poderia ter sido tb quando criança se não houvesse aquela aberração a qual fizeram aqueles monstros.
penso nisso tb: quantas maldades não devem estar sendo praticadas nesse momento, e encobertas por leis hipócritas e injustas

Cynthia Brito disse...

Nossa! Mas que crueldade! Realmente, fica a pergunta que, infelizmente, se deixa calar. Isto não é somente uma violência, mas um enorme pecado. PECADO MORTAL. Ainda assim acredito na lei do retorno. Cada um colhe aquilo que plantou. Não venha esperar arroz branquinhos se plantou arroz podres!

Que sofrimento a Aisha deve ter passado, num é mesmo? E quantas outras mulheres já não passaram por isso? Nossa! Isso é uma crueldade. A cada dia que se passa o ser humano fica se banalizando, e isto é um castigo! Sim, castigo para aqueles que, assim como eu, são contra este tipo de violência (e contra todas, aliás). CHEGA! Está na hora de dizer um BASTA assim bem grande. Defender nossos irmãos, lutar pelo que é nosso, proteger nossas famílias, nosso país...

Cara, que ridículo isto! E, olha, que tudo começou com uma simples guerra entre família, viu? Justo com uma CRIANÇA de 8 anos de idade. Vá pra p*ta que pariu, velho. Isto é um absurdo!

Nossa!

Bom, pessoal, desculpem-me quem tiver lido isto, mas é a pura realidade!

ótima semana para você, Camilla!

Beijão *