apenas eu.

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"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm." (1 Coríntios 10:23a)

transeuntes.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tempo, tempo, tempo, tempo...

"Ando meio desligada, eu nem sinto os meus pés no chão."
Os dias passam como se não quisessem passar, ao mesmo tempo em que o tempo não pára nem para que eu respire. Ainda se fosse somente pelos meus problemas tudo seria bem mais fácil. Presencio nesse momento a tristeza dos meus, a tristeza dos meus amados, a dor, o sofrimento e nada posso fazer, pois, deixaram que a situação chegasse onde chegou, tudo por conta de acreditar no amor mas as pessoas se mostram no decorrer do tempo, nunca sabemos com quem estamos dormindo, até que essa pessoa começa a desabrochar da maneira mais temerosa e impiedosa possível.
Queria agora me transformar numa super-mulher e voar para bem longe com todo o mal e com quem o vem causando, proteger com todas minhas forças a quem amo e sempre esteve ao meu lado nas piores situações da minha vida, proteger com minha própria vida e se necessário tirar a vida do causador de tanto mal. Me impressiona como as pessoas são doentes - mentalmente falando - a covardia se mostra de uma maneira surpreendente e a passividade transvestida de medo ajudam a não resolução do problema. Vira uma bola de neve, nada se resolve, parece não se ter para onde correr.
Sinto-me impotente, tanto para resolver esse problema como os meus que também se fazem presente de uma maneira inacreditavelmente absurda. Estou um farrapo, melancólica a ponto de não ser a melhor companhia nem para o pior ser da face da terra.
Creio que ainda há muito que aprender, e principalmente quando se trata de relacionamentos amorosos. Sei que amo, mas também sei que esse sentimento vem mascarado de carência, apego, fraqueza, auto-afirmação, necessidade, não sei se consegue me entender. O amor existe! e esses outros sentimentos também.
Preciso dominar minhas emoções, descontaminar meu olhar para essas situações em contrapartida também preciso me permitir sentir raiva, chorar, me arrepender, expurgar o que sinto. É tudo tão contraditório quando se trata de amor. É impressionante como me desestabilizo, estar mal assim acaba refletindo em toda minha vida, no tratamento com a minha família, no meu trabalho, nas minhas relações interpessoais.
Posso dizer que já fui bem pior, já fui "uma mulher que ama demais", louca, enfurecida na busca de um amor que nada me traria a não ser dor e sofrimento. Não querendo justificar meus atos insânos mas eu acreditava que poderia ser feliz e que haveria mudança. Inútil! Hoje em dia já desmistifiquei muita coisa sobre esse bendito amor. Existem situações e fatos pelos quais passei que jamais cometeria novamente visando ter um relacionamento harmonioso e saudável hoje em dia e mesmo não os cometendo sinto que ainda não estou apta a vivenciar um amor apesar de querer tê-lo. Falta tanto ainda, eu sei que falta só não consigo descobrir o que.
Só tive dois verdadeiros amores: um que me agrediu não só fisicamente mas na alma e este que vivo agora capaz de me fazer tatuá-lo na pele. Este último também não tive muito êxito considerando ter sido um amor sentido com muito mais intensidade, liberdade, suavidade, com extremismos sim mas também com pureza.
Quando ele nasceu me vi uma adolescente vivendo seu primeiro amor, ainda tentei fugir do sentimento que me perseguia para onde eu fosse mas foi em vão, não adiantou nada, ele me arrebatou. Minhas pernas tremiam, meu coração disparava e minhas mãos suavam, foi quando percebi não haver mais para onde correr. Não conseguia entender porque, era uma pessoa que em qualquer outra circunstância jamais me chamaria a atenção, não tinha nenhum atrativo pelo menos visual que fosse do meu agrado, fugia as regras do jeito Camilla de escolha para parceiros; bem que algumas pessoas dizem que o amor te pega de surpresa, quando você menos espera e não vem com a melhor cara ou aparência.
Não tenho nem palavras pra explicar o que realmente descobri depois de alguns dias ao lado dessa pessoa. Me sentia tão bem com toda simplicidade, humildade e humanidade que advinham dele e mais e mais me apaixonava e me envolvia. Meu coração quase explodia diariamente, acreditava de fato ter encontrado o amor da minha vida não fosse algumas circunstâncias mas que eu as ignorava e tentava viver aqueles momentos tão intensos e saborosos. As favas todo o resto do mundo pensava eu. Aprendi muito com esse amor e com essa pessoa.
Apesar de só o tempo poder resolver e acalmar esse sentimento que trago no peito, o tempo também é moroso e isso me amedronta assim como a solidão. Faz-se necessário agora esse tempo e essa solidão... aiiii! não sei... estou totalmente confusa e com medo. Queria controlar meus anseios e angústias assim como controlo meus esfincteres. A idéia agora é manter o auto-controle não me manter presa aos dias ou as horas, o intuito é deixar fluir com naturalidade, ser adepta do tempo.

3 comentários:

Unknown disse...

http://salute33.blogspot.com

"La salute non è tutto, ma senza salute tutto è niente." (A. Schopenhauer)
"La salud no es todo, pero sin salud todo es nada." (A. Schopenhauer)

. disse...

Você já é uma Super Mulher!

Camilla Dias Domingues disse...

será que sou????